Eis que começa a temporada de futebol no Brasil. Aparentemente temos um janeiro como outro qualquer, mas sinto algo diferente no ar. A derrota do Santos para o Barcelona na final do Mundial de Clubes ainda é uma ferida aberta no cerne da paixão nacional.
O grande esquadrão brasileiro de 2011 foi simplesmente esmagado pelo melhor time do mundo. A derrota era esperada, mas do jeito que foi? O Santos mais parecia um Zaragoza ou um Albacete.
Foto: Leandro Amaral/AE
Acho que a discussão mais importante a ser feita não é o porquê de um resultado como esse, mas o que ele pode (ou deve) acarretar para o futuro do futebol brasileiro.
Isso talvez pareça óbvio para alguns, mas deixo o recado aos pachecos de plantão: o Brasil não possui mais o melhor futebol do mundo. Essa é uma realidade aparente já há alguns anos. Exemplo disso é a premiação do melhor jogador do mundo da FIFA 2011. Além de não haver nenhum brasileiro entre os três primeiros (fato frequente nas últimas temporadas), no time dos melhores da temporada havia apenas um brasileiro, Daniel Alves, que é lateral direito.
Mas vamos ao que interessa: nosso país pode voltar a ser a potência máxima do esporte bretão?
Pode e, pra ser sincero, nem é tão difícil assim. A solução é simples e mais do que evidente: trabalho de base. Esse é o grande segredo do poderosíssimo Barcelona.
Pé-de-obra é o que não falta por aqui. Só nas peneiras de Corinthians e Flamengo há milhares de garotos ansiosos por uma única chance de mostrar suas habilidades. Um pouco de organização e visão de futuro das administrações dos clubes seria suficiente para pelo menos subir um pouco o nível de jogo na Terra Brasilis.
Será que peço demais? É provável que esse seja mais um janeiro qualquer...
Eis o Pacheco, personagem criado pela Gillete e que aparecia em comerciais da marca durante a Copa de 82.
Adorei o texto! Continue assim!
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