Nesta fria quarta-feira, Corinthians e São Paulo entraram em campo para exorcizar o fantasma da eliminação do Paulistão. Enquanto o Tricolor enfrentou o algoz do Timão, a Ponte Preta, o Corinthians foi até o Equador encarar o Emelec.
Não foram grandes partidas. Mas tiveram suas doses de emoção.
O Corinthians travou um duelo contra os próprios nervos. Suportou o esforçado catado equatoriano sem se expor tanto. Poderia até ter arriscado mais.
Motivado pela torcida, o Emelec atacava como podia. Deu ótima contribuição para testar Cássio, novo titular da meta corinthiana. É bem verdade que carimbou o travessão do clube paulista. E que o Timão voltou nervoso para o segundo tempo. Que o diga Jorge Henrique, expulso.
Só que os equatorianos são muuuuito limitados. A partida de volta tem tudo para ser tranquila. Com Pacaembu lotado, Cássio mais leve em relação à estreia e os pés de Liédson calibrados o Corinthians atropela e fica na espreita para ver quem sai de Vasco x Lanús (vitória cruz-maltina por 2 a 1, em São Januário, com direito a golaço de Diego Souza).
A impressão que ficou da partida morna de hoje é que o Corinthians deu sopa para o azar. Deixou um time infinitamente inferior gostar do jogo. Parecia preguiça em impor seu ritmo cadenciado, trabalhar as jogadas com calma. Tivesse o adversário um tiquinho assim a mais de qualidade e o Timão poderia ter cavado a própria cova.
Após a expulsão de Jorge Henrique era rezar para o jogo acabar logo e resolver em São Paulo. Deu certo. Todavia, grande parte dos pequenos sustos de hoje são evitáveis e os vejo atrelados muito mais ao nervosismo do que à displicência propriamente dita. Como dito em outros posts, atenção!
E o Tricolor foi até Campinas encarar a Ponte Preta.
Horas antes da partida, a diretoria comunica o afastamento do então titular e intocável Paulo Miranda. Ficou um clima azedo no ar, uma espécie de mal entendido. A princípio, não se esperava uma reação negativa por parte do elenco. De Leão, talvez.
Depois de um primeiro tempo bastante movimentado, com chances e bolas na trave de ambos os lados, com ligeiro domínio tricolor, a Ponte acordou. A Macaca simplesmente dominou a segunda etapa e chegou ao gol com Roger.
Visivelmente abalados, abatidos o time do São Paulo não encontrou forças para esboçar reação. Poucas chances criadas, um pênalti não marcado em Luis Fabiano, muito nervosismo e pouco futebol. Aliás, após a partida, Fabuloso disse que o grupo sentiu o baque do afastamento do zagueiro e reconheceu a má atuação. Dica para o desempenho relapso desta noite?
Na coletiva, Leão sutilmente mostrou sua insatisfação, no entanto, sem fazer estardalhaço. Por fim, preferiu fazer o discurso otimista de que é possível reverter o resultado.
Ao meu ver, a missão do Corinthians é mais tranquila. Caldeirão, vitória simples garante, ou seja, vivinho da silva. Basta controlar a ansiedade e o nervosismo, chaves para quem quer chegar longe na Libertadores.
Já a parada do São Paulo é mais ingrata. Precisa de dois gols para avançar, não pode sofrer gol, precisa controlar os problemas internos e a pressão de também correr atrás de um título inédito. Ainda que no caso do São Paulo a pressão seja por uma conquista qualquer, pois não dá as caras desde 2008.
Terminarão como o ditado "entre mortos e feridos todos se salvaram"?
Nenhum comentário:
Postar um comentário