Chegou a vez do Figueirense entrar na roda d'O Boteco! No primeiro ano após o acesso conquistado em 2010, uma campanha sensacional em 2011 que levou à 7ª colocação com 58 pontos, somente 3 abaixo da zona da Libertadores, o Figueira luta para seguir evoluindo.
Trocou o comando técnico (saiu Jorginho e veio o ex-lateral-esquerdo Branco) e, a princípio, o trabalho do novo treinador agrada. No Campeonato Catarinense, a equipe venceu o primeiro turno e até o momento divide a liderança do segundo turno com o Joinville.
Por outro lado, perdeu peças importantes (praticamente meio time) como o lateral-esquerdo Juninho para o Palmeiras, os meias Maicon para o São Paulo e Wellington Nem, que retornou ao Fluminense, os zagueiros Edson Silva e Roger Carvalho. Enfim, será que o Figueira repete o desempenho do ano passado?
GOLEIROS - Ricardo, Wilson, Neto - Wilson, 5 anos de clube, titular, ídolo e, acima de tudo, um bom goleiro. Sempre bem posicionado e com reflexos apurados, Wilson falha muito pouco e tem grande desempenho sob as traves. Contudo, os reservas Ricardo e Neto não fazem sombra ao camisa 1. Portanto, sua ausência vai causar espanto.
LATERAIS - Helder, Leonardo Rodrigues, Pablo, Guilherme, Saldívar - A dupla que chegou de Minas saiu na frente pelas laterais. Pablo, ex-Cruzeiro, e Guilherme, ex-Galo, são os melhores mesmo. No entanto, em que pese serem os melhores, não significa que são acima da média. Saíram de clubes de maior projeção para ganhar experiência no emergente futebol do Figueirense. Saldívar ainda é uma incógnita. Helder surgiu no Grêmio e fez um bom Brasileirão-08, apesar dos altos e baixos. Passou por Bahia e Sertãozinho. Pode ser útil. Não tenho informações consistentes sobre Leonardo Rodrigues.
ZAGUEIROS - João Paulo, Canuto, Fred, Guti - Uma zaga nova. A saída de Edson Silva e Roger Carvalho ainda não foi sentida, pois o Estadual não testa efetivamente o potencial desses atletas. Fred e Canuto chegaram esta temporada e começaram no time principal. A dupla agradou, até em razão da boa campanha até o momento. João Paulo, reserva imediato, pouco apareceu até o momento. Guti, vindo da base, fecha o setor como opção no elenco.
VOLANTES - Jackson, Coutinho, Túlio, Ygor, Sandro, Toró - Muita pegada. Túlio, ex-Botafogo, Corinthians e Grêmio, é limitado, mas é reconhecido pela raça, disposição e, digamos, virilidade na marcação. Ygor, cria do futebol carioca, passou por Vasco e Fluminense, passou apagado pela Lusa até parar no Figueirense. Bom marcador. Não é um primor e nem deixa a desejar. Faz sua parte com simplicidade. Mas não preza pela saída de jogo. Toró, também cria do Rio, foi bem no Fluminense e teve melhor fase no Flamengo, quando foi recuado para volante. Rápido, marca bem e tem qualidade no apoio. Um bom motor no meio-campo do Figueira.
MEIAS - Fernandes, Roni, Pittoni, Botti, Luiz Fernando, Deretti, Doriva, Guilherme Lazaroni - Carente. Fernandes é o principal articulador do time. O 10 toma conta da armação, das bolas paradas, da organização do ataque. Faz com muita competência, diga-se. Roni, recém-chegado, faz um bom início de temporada. Mostra velocidade, qualidade no passe, no arremate. Ótima opção. Doriva tem jogado mais recuado e feito a transição defesa-ataque. Botti, outro recém-chegado, tem aparecido bem quando entra na equipe. Não é um setor fraco, mas tem poucas boas opções.
ATACANTES - Héber, Aloísio, Júlio César, Niell, Pottker - Interessantes. Júlio César, centroavante, fez um ótimo Brasileirão-11 e quase parou no Corinthians. Forte e frio nas finalizações, é o mais importante do ataque. Aloísio tem jogado bem. Nesta temporada colocou o próprio Júlio César em segundo plano. Alia velocidade e qualidade nas conclusões. Boa opção também. Niell, o baixinho argentino, apareceu no Argentinos Jrs., ano passado, ao fazer dois gols no Fluminense. Detalhe: de cabeça. "Enjoado" como todo atacante hermano, é rápido, abusado e tenta compensar a falta de estatura com muita garra e disposição. No momento, é a melhor opção de banco.
TÉCNICO - Branco - Ex-coordenador técnico do Fluminense, Branco desembarcou no Figueirense para provar a primeira experiência como técnico. Assume o lugar deixado por Jorginho, ex-parceiro de Dunga na Seleção Brasileira. Incógnita total. É inexperiente no comando. Porém, é boleiro. Vivenciou Copas e situações que ajudam a aproximar a realidade que viveu ao trato com os atletas. O começo de temporada é animador, empolga, mas não se pode criar expectativas demais com relação a isso. Até porque, como se sabe, os Estaduais são a pior armadilha para um time.
ANÁLISE GERAL - O time não é ruim. É limitado, porém, organizado. Prova disso é esse começo de ano proveitoso embora sob comando de um novo treinador. O meio campo defensivo é pegador. A meia de criação é mais contida. O setor defensivo como um todo é novo, carece de entrosamento e de boa apresentações contra equipes melhores. Em suma, o time precisa ser melhor testado. Certezas, apenas 3: Wilson, Fernandes e Júlio César.
RESULTADO - O Campeonato Catarinense é substancialmente fraco. O desempenho do Figueirense ser acima da média não enche os olhos de quem vê de fora. Por isso não há como medir a real força desta equipe que é completamente nova. A estrutura deixada pelo time que chegou ao honroso 7º lugar do Brasileirão não existe mais. Branco, o inexperiente treinador, inicia um trabalho literalmente "do zero" com um grupo renovado. Ao meu ver, esses fatores (desmanche + reformulação de elenco e de comando técnico) comprometem a evolução de um trabalho que havia sido muito bom em 2011. Assim, vejo dificuldades ao Figueirense em 2012 e, com este elenco, vai brigar para não cair.
Ola. Sua analize está bem elaborada, porem na minha opinião, temos hoje do meio para frente, um time tão forte como o do ano passado. O que esta pecando neste inicio de temporada é a zaga que, para mim precisa de alguem com mais experiencia para botar ordem na casa quando exposta a alguma pressão. Quanto ao campeonato catarinense, voce tem razão, não é parametro pra nenhum time, porem os outros campeonatos tambem, veja por exemplo o carioca, fal, flu se arrastando contra times que convenhamos, vasco e bota + ou -, o paulista, alguns grandes tendo certas dificuldades, o gaucho então nem se fala, que diga a dupla gre-nal, já o Figueira, mesmo num campeonato fraco esta bem a frente dos outros times.
ResponderExcluirNo ano passado, o Figueirense, no Campeonato Catarinense, jogando com praticamente o mesmo time que disputou a Série A, não foi bem. Atualmente, se o Campeonato fosse por pontos corridos, já estaria praticamente com a taça nas mãos. O time de 2011 era mais sólido a nível de zaga, que contava com Edson e Roger Carvalho. Se perdeu Juninho, contratou Guilherme Santos, que além de ajudar a defesa, quando quer parte pra cima com muita eficiência; no meio, perdeu Maicon, habilidoso, porém, amarrador. Hoje o time conta com os excelentes meias Roni e Luiz Fernando. A posição que ainda deixa a desejar é a lateral direita, ocupada por Bruno, um dos melhores jogadores do elenco de Jorginho. Pablo, aos poucos, vem melhorando, mas espera-se pela estréia de Saldivar e que esteja à altura de Bruno. Quanto ao ataque, atualmente o time possui a melhor média do Brasil, com, 3,15 gols por partida. Esse ano o ataque está muito mais eficiente. Todos os jogadores já fizeram o seu, só falta apenas o goleiro Wilson marcar. Resumindo, se o Figueirense não tivesse perdido os zagueiros Edson e Roger Carvalho, além do lateral Bruno, já daria para sonhar com Libertadores.
ResponderExcluirVocês não acompanham o Figueirense de perto. Ouvem notícias e publicam. Não achei nada interessante essa análise de vocês. Falem de times que vocês acompanham de perto. Ano passado segundo a análise de vários jornalistas e afins era para o Figueirense ser rebaixado. E o resultado? Quase fomos para a Libertadores....
ResponderExcluirdá pra ver que vocês entendem mesmo é de buteco e não de futebol. O campeonato catarinense é o mais disputado do Brasil, ao contrário do medíocre campeonato gaucho, que só tem dois times aptos a conquistar o título, o catarinão tem 5 times fortes que sempre buscam o titulo, dois da capital e três do interior. Ano passado diziam que o Figueira ia cair, resultado: por pouco não abocanhou o título e a vaga na Libertadores.
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