segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

As melhores propagandas esportivas

Uma boa propaganda deve ser clara e transmitir uma mensagem impactante a quem assiste. E, após um papo sobre comerciais com uns amigos, escolhi as cinco propagandas mais bacanas de esporte que já vi para compartilhar com os amigos.

Não vai ter tartaruguinha fazendo embaixadinha, nem gozação barata com argentinos. Mas quem quiser protestar por sua propaganda favorita não ter entrado nessas cinco, pode deixar registro nos comentários.

Vale destacar que a criatividade e o patriotismo dos hermanos em fazer comerciais realmente empolgantes são sensacionais.


















Paulistão 12 - Rodada #3

Mais uma rodada do Paulistão se vai e aqui estamos para distribuir as cervejas aos campeões da rodada. Vamos a eles:


CERVEJA GELADA

LUCAS - Mais uma boa partida do meia do São Paulo. A jovem promessa vem amadurecendo bastante e tem decidido alguns jogos, como o deste sábado. Na vitória sobre o São Caetano por 2 a 1, foi dele o triunfo salvador da equipe do Morumbi. Claro que ainda precisa mostrar um pouco mais, decidir jogos realmente decisivos, mas o bom começo de temporada merece uma cerveja gelada.

FERNANDÃO - O limitado e criticado atacante do Palmeiras salvou o Verdão de um vexame em Catanduva. Foi dele o gol que decretou o empate por 1 a 1 contra o Catanduvense e amenizou a sofrível tarde palestrina. 

COMERCIAL - Bateu o Botafogo por 2 a 1 no saudoso clássico do "Come-Fogo", que há 26 anos não era disputado na divisão principal do Paulistão. 


CERVEJA QUENTE

MARCELO ROGÉRIO - Novamente a arbitragem sentando à mesa para uma cerveja quente. Desta vez, o árbitro de Corinthians 1 x 0 Linense prejudicou feio os visitantes. No primeiro tempo, com o placar ainda empatado, o juiz anulou gol legal do Linense. Fabão completou de cabeça o escanteio batido da esquerda, a bola caprichosamente bate na trave, nas costas de Julio Cesar e entra. Não fosse uma falta que só o árbitro viu e o Linense poderia ter complicado um pouco mais a vida do Timão.

LEANDRO AMARO - O pênalti cometido pelo zagueiro do Palmeiras passa longe do infantil. É difícil escolher a palavra exata. Surreal, estúpido, iditota, estapafúrdio, escolham a que quiserem. 

GUARATINGUETÁ - 3 jogos, 3 derrotas e degolou Roberto Fernandes. Em três rodadas conquistou grandes chances de rebaixamento e jogou no lixo o planejamento até o momento. 

domingo, 29 de janeiro de 2012

Que jogo!

Tive a oportunidade e o prazer de presenciar um dos melhores jogos de tênis da minha vida. Novak Djokovic e Rafael Nadal batalharam por quase 6 horas na final do Australian Open. O sérvio conseguiu levar o caneco mas, sinceramente, isso é um mero detalhe.  Houve um momento em que até os comentaristas da transmissão de tv diziam que o troféu deveria ser partido ao meio, tamanha a entrega e o merecimentos desses dois gigantes do esporte.

Em qualquer esporte é muito comum que a nostalgia marque presença. "Ah...antes é que era melhor! Hoje não se fazem mais jogadores como antigamente...". No caso do tênis, acredito que presenciamos neste momento uma das melhores gerações da história. Além de Nadal e Djoko, não podemos nos esquecer da existência de Roger Federer, o melhor que vi jogar em minha vida.


Nada como começar um domingo com um jogo desses...


                                   Eis o vencedor. Foto: Getty Images.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Paulistão 12 - Rodada #2

E lá vamos nós para o nosso prêmio que será entregue em todas as rodadas do Campeonato Paulista.


CERVEJA GELADA

EMERSON LEÃO - Apesar da vitória do Tricolor, o técnico fez questão de destacar que o rendimento da equipe esteve abaixo do esperado, corrigindo inclusive o posicionamento de Lucas, grande destaque do jogo. Por que ele merece uma gelada? Oras...ele está cumprindo o seu papel. A única pessoa que não pode ficar vislumbrada pelo bom momento de seu time é o treinador.

PONTE PRETA - A Macaca conseguiu recuperar-se da derrota na primeira rodada em grande estilo, fazendo 5 gols no Bragantino, que ainda não pontuou no campeonato.

CORINTHIANS - Obteve sólida vitória sobre o Guaratinguetá e assume a ponta da tabela, juntamente com o São Paulo, Paulista e Mogi.


CERVEJA QUENTE

ESTÁDIO DARIO RODRIGUES LEITE - O campo do Guaratinguetá não apresentava nenhuma condição de receber um jogo profissional de futebol. Além de prejudicar o espetáculo, o estado do gramado poderia ter provocado sérias lesões nos jogadores. E a Federação preocupada em vetar os estádios que não têm estrutura para uma transmissão televisiva.

MOGI MIRIM - O Sapão obteve sua segunda vitória e ainda não levou nenhum gol. Apresenta-se como candidato a ficar com uma das 8 vagas para as quartas-de-final.

PALMEIRAS x PORTUGUESA - Péssima apresentação das duas equipes. O empate mais justo seria o de 0x0. A Portuguesa precisa voltar a presentar o futebol vistoso que propiciou na temporada passada. E o Palmeiras...bem...nada muito diferente dos últimos tempos.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Clássicos marcantes de São Paulo

Hoje é aniversário da Cidade de São Paulo. Para celebrar seu 458º ano de vida, seleciono os clássicos mais marcantes que acompanhei envolvendo seus três principais clubes.


PALMEIRAS x CORINTHIANS: 
Palmeiras 3 (5) x (4) 2 Corinthians - Semi-final da Copa Libertadores de 2000. Simplesmente impossível não mencionar. Na partida de ida, vitória do Timão por eletrizantes 4 a 3. Na volta, o Verdão deu o troco e, pela igualdade no saldo de gols, o jogo foi para os pênaltis. E aí o mito de São Marcos começou a surgir. Na última cobrança, Marcos defende o tiro de Marcelinho e classifica o Palmeiras para a decisão.   

Corinthians 2 x 2 Palmeiras - Final do Campeonato Paulista de 1999 - Outro jogo marcado na história pelas "embaixadinhas do Edílson". No primeiro jogo, Timão passeia por 3 a 0. Na finalíssima, o empate garantia o título, quando Edílson teve a "brilhante" ideia de fazer umas embaixadinhas na lateral e colocar a bola atrás do pescoço. Confusão generalizada e taça para o Timão.


SÃO PAULO x CORINTHIANS: 
São Paulo 3 x 1 Corinthians - Final do Campeonato Paulista de 1998 - O São Paulo havia perdido o primeiro jogo por 2 a 1. Para a partida de volta, contou com o retorno de Raí, que mal treinou com o time e foi para o campo. Resultado: vitória tricolor com dois gols do meia.

Corinthians 3 x 2 São Paulo - Semi-final do Campeonato Brasileiro de 1999 - No primeiro jogo das semi-finais do Brasileirão-99, o Timão se vinga de Raí. Dida defende dois pênaltis batidos pelo eterno camisa 10 do Morumbi. Na partida seguinte, um empate selou a classificação do Timão, futuro campeão.


PALMEIRAS x SÃO PAULO
São Paulo 2 x 1 Palmeiras - Oitavas-de-final da Copa Libertadores de 2006 - O São Paulo vencia a partida por 1 a 0 e encaminhava sua classificação, pois empatou o primeiro jogo por 1 a 1. Contudo, o Verdão igualou e cresceu no jogo com a expulsão de Leandro (SPFC). Só que o improvável aconteceu. Foi marcado um pênalti para o São Paulo que foi convertido por Rogério Ceni. Detalhe: teve que cobrar duas vezes por causa de uma paradinha.

Palmeiras 2 x 0 São Paulo - Semi-final do Campeonato Paulista de 2008 - Uma semi-final bastante farta em detalhes surreais. No primeiro jogo, vitória do São Paulo por 2 a 1, com um gol de Adriano. Tudo normal não fosse o detalhe que foi de mão. Precisando reverter o quadro, o Verdão fez o resultado, eliminou o Tricolor e seguiu firme na campanha do título. No intervalo deste jogo, um misterioso gás teria sido espalhado no vestiário do São Paulo, atrapalhando o desempenho dos atletas na segunda etapa. 

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Obsessão

A Copa Libertadores é a febre de todos os clubes sul-americanos. No entanto, a cobiça é tanta que muitos clubes depositam nela sua razão de viver. Reconquistá-la remete ao prazer único de ser o dono da América Latina, de ir ao Mundial medir forças com o campeão europeu, à soberba no papo de bar. Um sentimento doce e sublime de uma glória que perdura ao longo dos tempos. Conquistá-la é o objetivo de quem busca conhecer essa sensação. E na obsessão pela glória eterna, perdem a cabeça. O Corinthians se encaixa justamente aqui.

O Timão sofre a sina de ser o único time grande de São Paulo que ainda não conquistou o campeonato mais importante da América. Com isso, a cada participação do clube no torneio, aumentam as expectativas em torno daquilo que pode ser o maior marco em sua história. Feito mais marcante, talvez, que o título paulista de 77, para os saudosistas. E a cada fracasso aumenta o desejo em tê-lo.

Após a eliminação para o Flamengo em 2010, em pleno Pacaembu, e o "Tolimazzo" em 2011, novamente o Corinthians está classificado para a sonhada Copa. Para tentar realizar o sonho do título, manteve a base campeã brasileira e não trouxe nenhum reforço de peso. Estratégia ousada.

Porém, não acredito que 2012 seja o ano da redenção corinthiana no torneio. E baseio minha opinião em três linhas básicas de argumentação: concorrência/elenco, vivência do clube e ansiedade. 

Sabe-se que a Libertadores é um torneio bastante atípico que permite o time mais aguerrido bater a equipe mais técnica, até aí nenhuma novidade. Porém, não vejo o conjunto do Corinthians melhor que os demais postulantes brasileiros ao título. Em comparação com Fluminense, Santos e Inter, vejo o Timão um degrau abaixo, mesmo tendo um time muito bom.

Notem que eu utilizei a expressão "time" e não "elenco". Não considero o elenco do Corinthians essa maravilha como gostam de pintar. Considero apenas o ataque um diferencial. No mais, elenco numeroso que tem lá sua qualidade, mas nada de espetacular. Ou Morais, Moradei e Vitor Júnior são ótimo reservas que seriam titulares em qualquer equipe do país? Nenhum deles substitui Alex, Danilo, Willian ou quem quer que seja à altura. O rendimento do time sempre cai consideravelmente quando perde uns dois titulares, disparidade que não deveria ficar tão evidente. 

A partir do elenco faço o gancho com a ansiedade. Embora conte com jogadores vividos, somente três jogadores do atual grupo sabem o que é conquistar a América: Alex, Danilo e Fabio Santos. Ou seja, por mais experientes que sejam, a ansiedade pode tomar conta de quem não venceu o torneio ou não está habituado a disputá-lo.

E quando digo "vivência do clube" é a forma como a equipe disputa a Libertadores. Da atual edição, Santos e Inter realmente respiram a alma da Copa, da postura em campo até o apoio da torcida. Vasco e Flamengo já a conquistaram e esperam reacender a chama do torneio em seus adeptos. Já Fluminense e Corinthians se desesperam a cada edição seja em campo, seja nas arquibancadas. Sequer é incomum as manifestações impacientes da torcida logo no intervalo. 

Por mais que a Libertadores exija atenção diferenciada, não pode ser tratada como o anel do "Senhor dos Anéis". Pregar aqui a tranquilidade seria dizer o cúmulo do óbvio. Não se trata de calma. É ter em mente que disposição e atenção são as chaves para o sucesso. Nunca que uma Libertadores será tranquila. "Libertar" a América é guerra. Cruzar a América Latina requer nervos de aço contra todo tipo de adversário: estádios precários, torcida rente ao campo, juízes pressionados, pedradas no ônibus...

Para mim, o segredo para suportar tudo isso é simples: manter o foco, a atenção. Reverter o nervosismo da situação em oportunidades de gol e marcar bem o adversário. Em todas as eliminações do Corinthians, principalmente as derrotas no Pacaembu, ou o nervosismo tomou conta ou faltou atenção. Tô mentindo? Resta esperar para saber se o Timão finalmente aprendeu a lição.






segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Se o duelo Rogério Ceni x Emerson Leão existe, o vencedor pode ser o SPFC.

O post de 23.01.12 do Blog do Perrone aborda algo que já foi ventilado internet adentro: uma rixa subliminar envolvendo o treinador Emerson Leão e o goleiro Rogério Ceni. Aliás, há quem diga que ela vem desde 2004-2005.

De cara, vou descartar a possibilidade de que tenha sido uma matéria sensacionalista, tumultuadora. Como em qualquer ambiente de trabalho, divergências acontecem. A mídia toma uma situação, dá a devida roupagem e faz dela seu ganha-pão. Por isso, não há motivo para fazer tempestade em copo d'água toda vez que jogador, treinador ou dirigente baterem de frente em suas declarações.

Contudo, creio ser importante observar mais atentamente alguns pontos dos envolvidos:

Leão estava na geladeira há um bom tempo. Carrega a fama de ultrapassado, técnico que faz seu trabalho a curto prazo pautado na motivação, sem variações táticas complexas, impondo seu rigor militar aos atletas. No final de 2011, o São Paulo lhe estendeu a mão. Precisava do seu estilo pulso-firme para combater a acomodação do elenco Tricolor. Apostou no técnico que criou a mentalidade vencedora do esquadrão campeão da América e do Mundo em 2005.

2012 começa com reforços bem ao seu estilo: os tais "cascudos". Jogadores sem muita grife, que se destacam por fazer do feijão-com-arroz a fórmula para seu sucesso. Negociados os "acomodados", Leão agora tem que traduzir em títulos a confiança depositada. Experiente, sabe como lidar nos bastidores do futebol e, em se tratando de São Paulo Futebol Clube, isso significa "ter o apoio de Rogério Ceni".

Dotado de personalidade tão forte quanto a do comandante, Rogério Ceni é o São Paulo. O estilo workaholic e perfeccionista engrandece ainda mais o ídolo máximo do clube. Contudo, como jogador, por mais experiente que seja - e mereça ser ouvido mais de perto - ainda deve um mínimo de subordinação sem fazer disso uma picuinha pessoal.

Os exemplos dados pelo Blog do Perrone permeiam a partida entre Vasco x São Paulo pelo Brasileirão-11. Leão teria vetado o retorno de Ceni por considerar precipitado. Ok. Cadê o problema? Denis fez uma partida espetacular, diga-se. Logo em seguida, Ceni retorna e pronto. Leão não é burro, por mais cretino que o trocadilho soe, e sabe que o posto é de Rogério e de mais ninguém. 

Entretanto, por mais ídolo que seja, Rogério sempre será menor que o São Paulo. Neste aspecto, Leão não faz nada mais que sua obrigação: preservar os interesses do time e da instituição. A essa altura da vida o técnico vai se meter a criar polêmica justamente com o maior nome do clube? Coincidentemente no que pode ser sua última oportunidade em uma grande equipe? Nem a pau, Juvenal! (trocadilho cretino II, o retorno)

Agora, a polêmica que gira em torno da eventual cirurgia no ombro do capitão, que insiste em querer resolver a contusão pela fisioterapia. Bom, sejamos francos, o REFFIS do Tricolor que deu margem para Rogério querer a todo custo evitar a cirurgia. Isso deve ter sua origem com os seguidos equívocos no tratamento de Luís Fabiano ano passado.

E novamente pergunto: Cadê o problema? Rogério não é médico e sabe que se voltar correndo riscos, vai atrapalhar mais que ajudar. Ao mesmo tempo, ciente da sua importância, quer estar a postos o quanto antes. Se a alternativa de cura pode estar a curto prazo, por que não tentar? Se o tratamento não funcionar, opera. Simples. Onde está a polêmica, meu caros?!

A matéria ainda indica que a assessoria de imprensa de Rogério "diz que o goleiro gosta do treinador por causa de seu estilo franco, de falar diretamente o que pensa para os atletas". Pronto. Pega a fofoca, faz o carnaval e passa um pano para amenizar, buscar o contato politicamente correto das partes envolvidas.

Se há tensão entre ambos, não importa. Ao meu ver, o que realmente interessa ficou demonstrado. Por mais que não estejam 100% concordes, se respeitam e se toleram. E é essa a postura disciplinar que pode fazer o São Paulo retomar o caminho dos títulos. 

Para acabar, Rogério diz que só renovaria o contrato (finda em dezembro/2012) e repensaria a aposentadoria se o São Paulo tivesse um time competitivo e brigasse por títulos. Bom, nessas circunstâncias, será que Rogério preferiria a tranquilidade de Ricardo Gomes, a inexperiência de Sérgio Baresi, as implicâncias de Carpegiani, ou o "incrível" Adilson Batista? Hein...? 


Revanche no ar: New England Patriots x New York Giants decidem o Super Bowl XLVI!

A julgar pelas finais de Conferência que rolaram neste domingo, o Super Bowl XLVI promete doses cavalares de emoção. Dia 05/02, em Indianapolis, New England Patriots e New York Giants farão a grande final. Antes do palpite, um breve resumo dos jogos:

FINAL AFC - BALTIMORE RAVENS 20 x 23 NEW ENGLAND PATRIOTS.

Emocionante, eletrizante, mas ofensivamente deixou a desejar. Ao mesmo tempo que as defesas trabalharam muito bem, os ataques deixaram muito a desejar. Ou seja, fiquei com uma dúvida razoável sobre o que foi mais determinante para o jogo ter ganhado tamanha proporção.

Tom Brady, quarterback dos Patriots, esteve irreconhecível. Errou passes que não costuma errar, foi interceptado duas vezes, não foi sombra do QB que costuma ser, principalmente jogando em casa. Do outro lado, Joe Flacco provou ser um QB mediano. Conseguiu levar os Ravens até os playoffs mas deixou muito a desejar na pós-temporada.

Bom, até aí você deve estar se perguntando por que cargas d'água o jogo foi emocionante. Tudo começa no 3º quarto quando o placar apontava Ravens 10 x 16 Patriots. Faltando uns 3 minutos e meio para o fim do quarto, Baltimore anota um TD. 17 x 16. Ao retonar, os Patriots sofrem um fumble e a bola é recuperada pelos Ravens. Após esse turnover, os visitantes não conseguem um novo TD, mas anotam um field goal deixando o placar 20 x 16.

Óbvio que a diferença de quatro pontos com um quarto a ser jogado não significava nada. Tanto que, logo de cara, praticamente na risca da ending zone, Brady recebe o snap e, com um belo salto, se joga por cima da linha de scrimmage virando o placar: 20 x 23. Para quem pensa que o jogo acabou aí, ledo engano. No meio do 4º quarto, Brady é interceptado e desperdiça uma boa campanha de ataque. Na altura do "2 minute warning", ambas equipes são obrigadas a devolver a bola. No final, melhor para Baltimore, que faria sua campanha próximo ao zerar do cronômetro.

Então, quando faltava menos de 20 segundos, os Ravens resolveram chutar, em vez de buscar mais uma jarda que daria um novo 1st down e, quem sabe, o TD do título. Na pior das hipóteses, chutaria o field goal mais de perto. Enfim, foi quando o improvável aconteceu. O kicker Billy Cundiff tinha que bater um field goal de meras 32 jardas para igualar o jogo e forçar a morte súbita. E o que aconteceu?! ELE ERROU! CARA, ELE ERROU!

Sem mais, Patriots classificados.

FINAL NFC - NEW YORK GIANTS 20 x 17 SAN FRANCISCO 49ERS

Em São Francisco, a outra final. Ao contrário do confronto acima, Giants e 49ers fizeram uma partida equilibrada mais em razão da competência defensiva que incompetência ofensiva. Nem por isso o jogo deixou a desejar no quesito emoção. O 1º tempo ter terminado somente Giants 10 x 7 49ers era uma pequena prévia do que estava por vir. Manning conectou bons passes para os Giants e Alex Smith dava suas corridinhas à la Tebow e apostava nos passes curtos.

O segundo tempo ganhou dramaticidade natural de uma final, mas o equilíbrio foi mantido. As defesas realmente estavam impecáveis. Não havia como culpar eventual fragilidade dos ataques. O marasmo do jogo foi quebrado com um belo TD de San Francisco: 10 x 14. Diante disso, o futuro dos Giants dependia de uma atuação inspirada de Eli no último quarto. 

De repente, uma jogada inusitada que marcou a partida: Após o punt dos Giants, a bola bate no joelho do jogador dos 49ers, quica e para no chão. Thomas recupera para New York e dispara para a ending zone. Não fosse o apito do juiz e seria TD para os Giants. Mesmo prejudicados, Eli lidera a campanha ofensiva de New York que conquista o TD na marra e vira a partida: 17 x 14.

Com aproximadamente 6 minutos para o término, San Francisco iguala com um field goal: 17 a 17. O relógio passou a ser um forte aliado e um grande vilão para ambas equipes. Contudo, não teve jeito. A igualdade no placar persistiu e forçou a morte súbita.

Aí a estrela dos Giants brilhou. E a de Williams apagou de vez. Novamente o jogador dos 49ers protagonizou o lance chave do jogo. Ao retornar o punt, cedeu um fumble recuperado pelo mesmo Thomas. A campanha pragmática resultou no field goal anotado por Tynes, que carimba a classificação dos Giants para o Super Bowl XLVI.

Assim, caros amigos, New England Patriots x New York Giants decidirão o Super Bowl.

Para finalizar, conhecidos os finalistas, deixo meu pitaco: O ataque dos Patriots é realmente fora de série, bem como seu QB. Dificilmente Tom Brady vai fazer dois jogos medíocres consecutivos. Só por esses dois argumentos isolados eu já deposito minhas fichas na equipe de New England. Há de se considerar ainda que se trata de uma revanche do Super Bowl XLII, então vencido pelos Giants.

Mas vou além. Arrisco dizer que a "sorte" de New York esteja com os dias contados, apesar de terem jogado os playoffs com regularidade e segurança impressionantes: Bateram o Atlanta Falcons por 24 - 2; os favoritos Packers, em Green Bay, por 37 - 20; e agora o estressante e exaustivo duelo defensivo contra os 49ers. Sem contar a frieza de Eli Manning no comando do time mesmo nos dias menos inspirados, como foi o caso desta final.

Bom, pessoal, o post foi extenso mas bastante prazeroso de escrever. Certamente, teremos uma grande partida em Indianapolis. E aí, qual seu palpite para o Super Bowl XLVI? Patriots ou Giants? 

domingo, 22 de janeiro de 2012

Paulistão 12 - Rodada #1

Para inaugurar a nova roupagem do blog, vamos aos destaques da primeira rodada do Estadual mais competitivo do país. Quem merece uma cerveja gelada? Quem tem que tomar quente mesmo? Abaixo, os eleitos e as justificativas.


CERVEJA GELADA

PAULISTA - Incrível estreia da equipe de Jundiaí. Sob o comando de Sérgio Baresi, ex-treinador das divisões de base do São Paulo, o Paulista bateu a Lusa em pleno Canindé por 2 a 0. Gols marcados pelo meia Dener, emprestado pelo próprio São Paulo, e Richelly, atacante com passagem apagada pelo Santos em 2011.

ITUANO - Jogando em casa, fez 3 a 0 sobre o Guaratinguetá. Gols de Evandro, Otacílio Neto e Kleyton Domingues.

SÃO PAULO e PALMEIRAS - As duas potências do Estado também começaram o Paulistão com o pé direito. No Morumbi, o Tricolor goleou o Botafogo por 4 a 0, com gols de Rhodolfo, Cícero, Edson Silva e um gol contra fruto de uma trapalhada entre o goleiro Márcio e o zagueiro Thiago Ulisses. Destaque para as boas participações dos estreantes Cortês e Edson Silva.// Já o Verdão foi até Bragança Paulista e venceu bem o Bragantino por 2 a 1. O zagueiro Leandro Amaro abriu o placar de cabeça, Wellington empatou para o time da casa, e Maikon Leite garantiu o triunfo do Verdão.



CERVEJA QUENTE

PORTUGUESA - De volta à elite do futebol nacional, a Lusa começou mal a temporada. Perdeu em casa para o Paulista. Ainda não é momento para desespero. Basta notar que a Portuguesa vira e mexe surpreende e tropeça toscamente no Canindé.

COMERCIAL - Em casa, saiu na frente e sofreu a virada. 3 x 4 para o Linense. Recém-chegado à primeira divisão do Paulistão, se não somar os pontos em casa contra os outros times do interior, será forte candidato ao rebaixamento.

THIAGO DUARTE PEIXOTO - O árbitro que apitou o empate entre XV de Piracicaba e Santos por 1 a 1 pipocou e não expulsou Rentería. O atacante do Peixe agrediu o zagueiro Toninho e recebeu somente o cartão amarelo. 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Quem irá ao Super Bowl?

É comum a cara de espanto, aquela sobrancelha cerrada das pessoas ao ouvirem a expressão "acompanho/gosto/acho divertido futebol americano" que logo replicam com dois comentários padrão: 1º - "Ai, é muito violento, só tem pancadaria". E aquele que explica o anterior: "Eu não entendo nada daquilo. Não sei o que acontece para que seja tão empolgante ver tanta pancada".

Pronto. Na cabeça de quem curte o futebol americano (NFL) a discussão está encerrada. Não entende, logo, não sabe qual é a graça. Não, não vou fazer apologia ao esporte tampouco me arriscar a esclarecer suas intrincadas regras*, até porque comecei a acompanhar há pouco tempo (aproximadamente uns 2 anos). Vou me limitar a dizer que o campeonato atingiu o seu ápice e, realmente, o momento de querer entender do assunto é agora.

Em suma, os times são divididos em duas Conferências (AFC e NFC), jogam uma temporada regular e os melhores se classificam para o mata-mata final (playoffs). Os campeões de cada Conferência se enfrentam naquele evento mundialmente famoso chamado SUPER BOWL.

Neste fim de semana (domingo, para ser mais exato) ocorrem as finais de cada Conferência. Pela AFC, o campeão sairá do confronto entre Baltimore Ravens x New England Patriots. Jogo rápido: O destaque de Baltimore é sua defesa e atuação aguerrida da equipe como um todo. (Obs: Para quem assistiu ao filme "Um Sonho Possível", o protagonista Michael Oher joga neste time). Do lado dos Patriots, o favoritismo. O time é muito forte, especialmente no ataque, e conta com um quarterback genial, Tom Brady. Sim, é o marido da modelo Gisele Bündchen. Com 4 Super Bowls disputados e 3 títulos, na minha opinião, é disparado o melhor QB em atividade.

Já do lado da NFC, temos o confronto entre San Francisco 49ers x New York Giants. Os 49ers vem de um triunfo épico sobre o New Orleans Saints e, a exemplo dos Ravens, também apostam na forte defesa para avançar. Do outro lado, os Giants tem Eli Manning. O QB irmão de outra lenda da NFL, Peyton Manning (Indianapolis Colts), brilhou nas duas primeiras partidas dos playoffs e cresceu na fase mais importante do torneio. Vale destacar que ele foi um dos grandes responsáveis pela zebra da semana passada ao eliminar, com atuação convincente, os favoritíssimos e atuais campeões Green Bay Packers.

Curiosamente, pode ocorrer uma revanche do Super Bowl XLII (2008), no qual os Giants, liderados por Eli Manning, venceram os Patriots de Tom Brady, que até ali contabilizava 3 taças em 3 Bowls disputados. E, sinceramente, é o meu palpite.

Então, cara "meia-dúzia" que acompanha a bola oval, qual é o seu palpite?


* Seria impossível eu trazer todas as regras do jogo. Há um manual bastante interessante no blog do Everaldo Marques, da ESPN (http://espn.estadao.com.br/everaldomarques/post/162319_ENTENDA+E+REPASSE+AOS+AMIGOS+AS+REGRAS+BASICAS+DA+NFL). Contudo, para instigar quem gostaria de acompanhar e ter preguiça de ler o manual, farei um breve resumo.

Os times tiram cara-ou-coroa para decidirem quem começa (pode-se escolher entre retornar ou chutar a bola). Supondo que a partida inicie com um touchback (quando a bola chega/ultrapassa a ending zone adversária) o ataque iniciará sua jornada a partir da marca de 20 jardas do seu campo de defesa e terá 3 jogadas para percorrer o mínimo de 10 jardas. Se na primeira (1st down) alcança 4 jardas, a segunda (2nd down) será para 6 jardas, e assim por diante até a ending zone adversária. Caso a equipe consiga superar as 10 jardas, terá novas 3 jogadas para mais 10 jardas a contar de onde o ataque chegar/for parado.

Geralmente, quando não se consegue completar as 10 jardas, a 4ª jogada é o chute para devolver a bola ao adversário (punt). Entretanto, há determinadas situações de jogo na qual a equipe opta por tentar novamente alcançar as jardas que necessita para um novo 1st down. Se falhar, o adversário vai sair com a bola no local onde a jogada encerrou.

Os touchdowns (chegar até a ending zone do adversário) conferem 6 pontos ao ataque, que terá direito a um lance extra. Pode ser um chute (+1 ponto) ou uma nova jogada para tentar um "novo TD" que dá mais 2 pontos ao ataque.

Mal explicando, é isso. É o básico do básico. Acompanhem as transmissões do domingo e comecem a se familiarizar com o jogo. Em duas, três partidas, fica mais fácil compreender o que acontece e, garanto, é bem divertido!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Onde erramos?

Adriano marcado pela torcida do Timão. Botafogo faz da vida de Jobson um verdadeiro BBB. O futebol-negócio e o marketing esportivo justificam o risco de contratações como essas?

O Imperador não joga algo minimamente próximo de futebol desde o título do Flamengo em 2009. E Jobson colocou a carreira em risco ao se envolver com drogas e dar seguidos exemplos de irresponsabilidade profissional. Diante do histórico das figuras mencionadas, o clube realmente pensa antes de contratá-los?

Creio que o futebol brasileiro extrapola a caridade nesse lance de "dar uma segunda chance". Parece que escolhem a dedo qual é o jogador mais problemático, polêmico e talentoso para confiar. Na boa? Isso tá errado. Maldita mania de achar que os 15 minutos de fama duram 15 séculos.

Mesmo em 09, Adriano esteve sempre fora de forma e sempre envolvido em algum caso extracampo. Algo frequente desde a época de Imperador na Inter de Milão. Nem foi tão decisivo assim para o caneco. O que faz o Corinthians? Dá a mão. Jobson perdeu a chance de ir para o Cruzeiro, criou caso no próprio Botafogo, no Atlético-MG, "causou" até no Bahia! E vai o Botafogo apostar novamente no camarada! É piada, não pode ser.

Evidentemente são jogadores que podem fazer a diferença em seus clubes, desde que em forma e focados. Só que por boa parte de sua vida profissional eles não respeitaram essas duas regrinhas básicas e, agora, com todo carinho da nova diretoria que os acolhe vai ser diferente? Claro que não!

Olha aí o Carlos Alberto que não deixa mentir. 20 e tantos anos, habilidoso, rodado, e virou ícone do bando de displicentes. Chega a ser desnecessário ditar o currículo do meia, pois todos já sabem de cor e salteado.

Milagre. É nisso que as diretorias depositam sua fé ao assinar contrato com jogadores deste nível. A fé no milagre. Torcida? Ela que legitima todos os passos. Quem não queria um Adriano no time? "Ah, se ele estiver em forma, se ele estiver inteiro, se ele isso, se ele aquilo...sim!" Diante de tanto "se", o clube atrai os holofotes da mídia para si e aposta na fé da massa. Mesmo que seja só para ser mais um na conturbada vida do atleta, fazer o que.

Com um pouquinho mais de engenharia financeira e intelectual, não compensaria mais investir no retorno de um medalhão ou em alguma jovem promessa? Já imaginaram SE ela estoura? A visibilidade, as receitas, a futura venda...Ganha-se mais com que tipo de risco, hein?

Fato é que não se fazem mais bad boys como antigamente. Antes, por mais barulho que se fizesse, o cara tinha que entrar em campo e salvar o dele. Fazer gol, dar assistência, dar carrinho, o que fosse. Disposição não podia faltar. A ideia era evitar dar motivo para que as críticas iniciassem. Hoje, há preguiça até para ficar no banco de reservas. Não há vontade em querer calar a boca, dar a volta por cima. Fica para o próximo discurso de apresentação.

Até aceito que a indisciplina possa ficar mascarada quando o jogador realmente cumpre seu papel dentro das quatro linhas, na hora do "vamos-ver". Ao render o que se espera, tudo é relevado. Essa tradição é seguida por inúmeros esportes. Ora, são os ossos do ofício. Porém, o que se vê é justamente o contrário. Jogadores simplesmente relaxados, no pior sentido que a palavra possa ter.

Portanto, se for para contratar jogador polêmico o ideal é privilegiar aqueles que realmente se garantem no campo. Mas se é só para chamar a atenção, agremiações do meu Brasil, invistam em atletas que realmente possam contribuir com seu crescimento, ainda que às custas de uma projeção um tiquinho maior.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Chega né?

Árdua foi a batalha para conseguir ver o grande clássico Real Madrid x Barcelona. De um lado, um fanático por futebol. Do outro, uma conexão de internet duvidosa e transmissões de qualidade discutível (ah, maldito streaming!). Mesmo assim foi possível ver boa parte do jogo. Reclamações à parte, vamos "directo al grano", como diriam na minha terra.

"Dirigentes do Real cogitam pedir a proibição da posse de bola do Barcelona no clássico"

É uma boa manchete, não? Certamente isso deve passar pela cabeça de muitos madridistas. 2x1 para o Barça (e poderia ter sido muito mais).

Mourinho tentou montar uma equipe baseada totalmente no contra-ataque, com pelo menos 8 jogadores esperando o adversário no campo de defesa. Tática perigosa, pois demanda um esforço físico muito grande e, consequentemente, o desgaste aparece.

Não deu outra: no primeiro tempo os merengues conseguiram abrir o placar em bela jogada de Cristiano Ronaldo (único jogador que tentou algo ofensivamente pelo seu time). No segundo tempo, aos 9 minutos, Puyol conseguiu empatar o jogo de cabeça (grande calcanhar de Aquiles do Real, há algum tempo), numa falha clamorosa de Pepe.  Aos 30, Messi (que estava discreto - para os padrões dele, claro) deu um passe magistral para Abidal selar a vitória do time que foi infinitamente superior ao seu rival na etapa final.

Ficou claro também que a equipe de Madrid não sabe perder. Pepe foi o símbolo disso. Bateu o jogo inteiro e teve a covardia de pisar na mão de Messi enquanto ele estava no chão. O árbitro fez que não viu e o zagueiro saiu no lucro. Tais atitudes são equivalentes a de uma criança birrenta, dona da bola, que a leva embora quando a situação não é favorável. Claro que os caras devem estar cheios de aguentar esse insuportável time catalão, mas nada justifica isso.


Não resta outra alternativa ao Real a não ser continuar tentando. Condições de vencer existem. Se pararem de assumir o clássico como uma batalha contra um inimigo mortal, fica mais fácil.


Fotógrafo flagrou o momento em que Pepe chegava ao vestiário.


Réplica: Proposta para os Estaduais

Ao ler o texto do colega botequeiro Gabriel, lembrei-me de um texto escrito por mim para o finado blog Jogo Cadenciado. Reproduzo-o abaixo, sem tirar nem pôr, já que mantenho a minha proposta (o que deixa claro que o problema continua igual). Fiquem de olho, Federações!

  
Começa mais uma temporada no futebol brasileiro. São retomadas, como sempre, as discussões sobre os campeonatos estaduais. "Acabem com os estaduais!", dizem alguns; "Não deixem o romantismo morrer!", dizem outros. A questão é, e isso parece ser um consenso, que não pode continuar como está. Falo isto de maneira geral, já que o que se vê há algum tempo são brigas e mais brigas sobre regras mal escritas (e de uma criatividade incrível, como o campeonato paranaense de 2009), campeonatos inchados, pré-temporada reduzida, entre outras coisas.

Eis que este que vos bloga tem uma proposta. 

E se fizéssemos um estadual que durasse o ano inteiro? Antes que joguem os tomates, me explico: os clubes menores tem muitas vezes o estadual como única competição na temporada inteira. Pode-se criar uma fase classificatória, englobando todos os clubes do estado (que não estejam envolvidos em competições importantes), que dure toda ou grande parte da temporada. Cinco clubes podem sair dessa fase para disputar uma fase final com outros cinco clubes, que seriam os melhores do estado, no início da temporada seguinte. Essa seleção pode ser feita por meio de um ranking regional, talvez. Tendo dez clubes, é feito um torneio de um mês, com dois grupos de cinco, classificando-se os dois melhores de cada grupo para a fase semifinal. Assim cria-se um torneio atraente, com clássicos regionais e de tiro curto. Na fase final, são jogadas seis partidas.

E você (sim, você que provavelmente vai ler isso porque eu pedi)? Tem alguma proposta? Quer esculachar a minha? Sinta-se em casa.



E todos ansiosos e preparados para o início da temporada brasileira, menos a Luiza, que está no Canadá.


Estadual não merece rótulo

"Campeonato Estadual é laboratório", "Estadualzão só serve para entrosar o time para a Libertadores/Copa do Brasil", "Ninguém se importa com o Estadual", "Campeonato Estadual é prêmio de consolação". Chega, né? De onde vem tanta implicância?

Há alguns anos esses torneio perderam a força e o romantismo de outrora. Vencidos pelo apertado e mal formulado calendário, além de serem disputados sobre a desleal concorrência da Libertadores e da Copa do Brasil, os Estaduais foram rebaixados pela mídia à condição de meros prêmios de consolação.

Diante desse cenário, as torcidas compraram a ideia. Afinal, de fato, o nível técnico e a fórmula de disputa de certos campeonatos deixam muito a desejar. Assim, quem quer ganhar um Estadualzinho se o que realmente dá retorno e prestígio são os certames Nacionais e Continentais?

Contudo, entendo que essa visão esteja de todo equivocada. Quem torce quer ver seu time sempre ganhando. Vitórias e títulos, sejam eles quais forem, colocam o campeão em evidência gerando receitas, patrocínio, e até mesmo colabora a captar novos adeptos. Além disso, contribuem significativamente para a confiança e a moral dos atletas até o final da temporada.

Então, esse discurso de "ah, mas ganhamos somente o Estadualzinho" vem carregado de uma soberba que muitos times não podem se dar ao luxo de ostentar. Pior ainda quando ocorre o contrário: "Estamos priorizando o campeonato 'x' ". A fúria da torcida só terá sossego com a taça 'x', senão espera só para ver uma coisa...

Pode acontecer de o time campeão estadual patinar no Brasileirão. Nem é incomum isso ocorrer. É preciso ter cuidado com esse deslumbramento e ter a frieza de entender que o nível do Estadual não se equipara ao Nacional. O fato de os Estaduais serem decididos nos clássicos, com acirradas rivalidades regionais, a carga emocional dá o tom e carrega o time. Por isso o rendimento do campeão pode entrar em colapso.

E mais, a polêmica questão do aspecto técnico dos Estaduais, hoje, parece secundária. É fato que nem sempre o melhor ganha. O próprio Campeonato Brasileiro 2011 provou que as competições estão cada vez mais acirradas, ainda que os times experimentem realidades (técnica e financeira, principalmente) completamente distintas.

Por mais evidente que seja a disparidade técnica entre Estadual - Brasileirão - Nacionais Europeus e seja um sacrilégio comparar, o Paulistão já teve uma final São Caetano x Paulista, ora! Tem exemplo melhor que esse?

Portanto, já que a técnica nem o peso da camisa não definem mais os resultados de antemão e o jogo físico ganha cada vez mais destaque, inclusive internacional (leia-se Europa), repito: nenhum clube tem o direito de  tratar o Estadual com tanto desdém. Ele pode representar tanto a salvação de um ano, como o impulso para  glórias maiores.




terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Temporada 2012: Novos tempos?

Eis que começa a temporada de futebol no Brasil. Aparentemente temos um janeiro como outro qualquer, mas sinto algo diferente no ar. A derrota do Santos para o Barcelona na final do Mundial de Clubes ainda é uma ferida aberta no cerne da paixão nacional.

O grande esquadrão brasileiro de 2011 foi simplesmente esmagado pelo melhor time do mundo. A derrota era esperada, mas do jeito que foi? O Santos mais parecia um Zaragoza ou um Albacete.

                                           Foto: Leandro Amaral/AE


Acho que a discussão mais importante a ser feita não é o porquê de um resultado como esse, mas o que ele pode (ou deve) acarretar para o futuro do futebol brasileiro.

Isso talvez pareça óbvio para alguns, mas deixo o recado aos pachecos de plantão: o Brasil não possui mais o melhor futebol do mundo. Essa é uma realidade aparente já há alguns anos. Exemplo disso é a premiação do melhor jogador do mundo da FIFA 2011. Além de não haver nenhum brasileiro entre os três primeiros (fato frequente nas últimas temporadas), no time dos melhores da temporada havia apenas um brasileiro, Daniel Alves, que é lateral direito.

Mas vamos ao que interessa: nosso país pode voltar a ser a potência máxima do esporte bretão?

Pode e, pra ser sincero, nem é tão difícil assim. A solução é simples e mais do que evidente: trabalho de base. Esse é o grande segredo do poderosíssimo Barcelona.

Pé-de-obra é o que não falta por aqui. Só nas peneiras de Corinthians e Flamengo há milhares de garotos ansiosos por uma única chance de mostrar suas habilidades. Um pouco de organização e visão de futuro das administrações dos clubes seria suficiente para pelo menos subir um pouco o nível de jogo na Terra Brasilis.


Será que peço demais? É provável que esse seja mais um janeiro qualquer...

Eis o Pacheco, personagem criado pela Gillete e que aparecia em comerciais da marca durante a Copa de 82.



segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Não foi garra, nem coração. Foi sorte.

Sábado tive a infeliz ideia de acompanhar ao amistoso entre Palmeiras x Ajax, no Estádio do Pacaembu. O que podia ser divertido e interessante do ponto de vista futebolístico transformou-se em um programa de índio em pouco menos de 40 minutos.

Não é novidade para ninguém que o Palmeiras atravessa sérios problemas administrativos, seja financeiramente, seja organizacionalmente. Porém, espanta a capacidade que sua apaixonada torcida tem em piorar uma situação já bastante crítica.

O incidente com Vagner Love, a novela Kleber e as sucessivas manifestações nem um pouco pacíficas deixaram o clima no Palestra Itália realmente insuportável. A dificuldade em contratar reforços não espanta diante de um cenário tão sombrio.

À margem de tudo isso, o Verdão recebeu o Ajax e jogou na cara da sua torcida qual será a tônica da temporada: mais sofrimento. A dificuldade em trocar 5 passes consecutivos e chegar com perigo ao ataque não é justificada somente pelo adversário ser um grande (hoje nem tanto) time europeu. A técnica de mais da metade do elenco alvi-verde sequer é questionável, chega a ser duvidosa mesmo.

A sorte ditou o rumo da partida. O Ajax desperdiçou, pelo menos, duas ótimas oportunidades no primeiro tempo. O Palmeiras 2012 buscou a estratégia de 2011 para surpreender e quase Marcos Assunção anotou de falta. No segundo tempo houve sutil melhora palestrina. Mas a afobação e a bem postada defesa holandesa impedia as tramas ofensivas.

Valdívia foi péssimo. O estreante Juninho deixou a desejar. Henrique não estava em uma tarde feliz. Para piorar, muitas vezes os volantes adversários carregavam a bola com tranquilidade da intermediária defensiva à ofensiva. Era uma brincadeira de mau gosto.

Quando tudo parecia perdido para um horrível empate sem gols, o Palmeiras saiu para o ataque, escancarando o meio-campo. No final da partida, Deola incorporou o Santo aposentado e fez duas excelentes intervenções. Era o fim? Não. 

No último suspiro do relógio, Luan escapa pela esquerda e levanta na área. A bola cruza quase toda a extensão da área, o goleiro não sai, o zagueiro vacila e Pedro Carmona aparece para cabecear e salvar o sábado de aproximadamente 25 mil palmeirenses. 

O gol tira o amargo do empate mas não disfarça o que houve durante todo o jogo. Felipão pode escalar o time como quiser. Com esse elenco, vai ter que jogar fechadinho e rezar. Muito.