quinta-feira, 14 de junho de 2012

Afinal, Timão.

SantoseCorinthiansSantoseCorinthiansSantoseCorinthiansSantoseCorinthiansSantoseCorinthians. Por vinte tortuosos dias só se falava nisso. Finalmente, o dia do duelo chegou. Escalei meu querido Doritos, umas Buds...só faltou "aqueeeeele" futebol.

Fato é que quem esperava um jogo equilibrado, movimentado, Neymar pra lá e pra cá. Paulinho, Alex e Sheik e Jorge Henrique defendendo e atacando como um time de basquete ficou na curtição dos Doritos e das Buds.

Mal a partida começou e o Corinthians tratou de deixá-la com sua cara. Especialmente quanto ao controle da redonda. Muitas trocas de passes, calma, inversões e logo perceberam que o miolo da cabeça-de-área do Santos era um convite para um samba que poderia render frutos. Já o Peixe saía afobado em velocidade. Ao chegar ao ataque, a bola queimava nos pés e a troca de passes era horrenda. 

Mesmo assim, aos dez minutos, uma falta perigosa em favor dos mandantes só assustou pela posição. Elano bateu e Cássio defendeu sem dificuldades. Depois disso, o Corinthians rodava a bola, rondava a área e o Santos afastava, tentava contra-atacar mas sem sucesso.

O Santos não era nem sombra daquele time encantador. E o Corinthians era bem o Corinthians que todos estão cansados de ver. 

Então, no 27º minuto de partida, aquele probleminha na cabeça-de-área custou caro ao Peixe. Por ali o Corinthians chegou e a trama ofensiva encontrou Emerson na entrada da área do lado esquerdo. Sheik teve uma tranquilidade espantosa para o momento. Parou a bola e mandou no ângulo esquerdo sem chances para Rafael. 

A superioridade no placar se mostrava justa pela postura do Corinthians em campo. Porém, tão logo o Timão abriu o placar já tratou de ficar fechadinho atrás para explorar os contra-ataques. Sem escolha, o Santos foi para cima. O domínio virtual mudou de lado e, aos 42 quase o Peixe iguala. Juan cruza da esquerda e, no bate-rebate, quase Elano iguala.

Na segunda etapa, o domínio mudou de lado. A proposta do Timão, já bem conhecida por toda a galáxia, era a mesma. Fechadinho atrás e contra-ataques quando desse. Ciente disso, Muricy sacou Elano, colocou Borges e acendia uma vela para Neymar aparecer no jogo. Sim, o craque estava estranhamente desaparecido.

O Santos cresceu e criou algumas boas chances. No início do segundo tempo, alguns cruzamentos causaram arrepios nos visitantes. Cássio começou a fazer intervenções pontuais quando exigido. 

Aos 12 minutos, o Timão teve uma chance de ouro e desperdiçou. O tão sonhado contra-ataque chega nos pés de Emerson. Era ele e Durval, mano a mano. Botou na frente, invadiu a área e se jogou. Não foi pênalti, nem nada e só o início de minutos intermináveis de sofrimento.

Para piorar, o mesmo Emerson fez o favor de mudar seus status de heroi para vilão. Entrada forte e desnecessária em Neymar lhe custou o 2º amarelo e o consequente cartão vermelho. No lance seguinte, o Santos quase empatou com Juan. Após cobrança de escanteio, o lateral pegou firme e Cássio fez ótima defesa.

A pressão do Santos ficou comprometida com a interrupção da partida em razão da falta de iluminação em parte do estádio. Nem mesmo a volta da luz trouxe de volta o bom futebol. O Peixe foi presa fácil da ótima e eficiente defesa do Timão e saiu derrotado em seu campo neste primeiro jogo. 

Não gosto de discutir justiça de placar. Justiça é bola na rede, é competência em fazer mais gols que o adversário e defender-se melhor. No entanto, para satisfazer quem prefere analisar o jogo sob o prisma justiceiro, em tese, o Santos merecia melhor sorte e ser premiado com o empate. Pronto. Prêmio de consolação dado. 

Espantou a postura de Neymar em campo. Mal conseguiu ser um bom coadjuvante. Embora o conjunto santista tenha subido de produção no segundo tempo, não foi aquele time envolvente que estamos habituados a ver. Isso se deve, em parte, ao Corinthians. A proposta defensiva do Timão, ou melhor, a forma como a equipe se compacta em campo é surpreendente. 

E foi o pragmatismo de Tite que fez o Corinthians arrancar a vitória na Vila na marra. Fez seu feijão-com-arroz e deixa a pulga atrás da orelha de quem agora reflete se a Vila Belmiro foi mesmo a melhor escolha, se Ganso deveria ir para o jogo, se isso, se aquilo. 

Vencer fora de casa e sem sofrer gols é um passo importantíssimo mas, sobretudo, firme rumo à classificação. Em que pese o Santos ter totais condições de reverter o quadro ora desfavorável, as circunstâncias provam justamente o contrário. 

2 comentários:

  1. ahhhhhhhh, mas se fossemos discutir justiça, entrega logo todos os títulos de campeonatos para o Barcelona que não precisa nem jogar futebol...rs

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  2. Ainda creio no Santos, mesmo no Pacaembu abarrotado de fiéis.

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