Nada se compara à emoção de ouvir o hino nacional no pódio olímpico. Nem Copa do Mundo de Futebol, nossa especialidade. Nossa cultura se adequou rapidamente ao perde-e-ganha do futebol ao passo que as outras modalidades somente conquistam a empatia do povo durante os Jogos Olímpicos.
É lamentável nosso reducionismo cultural ao taxar com facilidade de pipoqueiros os que perdem e de mitos os que ganham. Esquecem que do outro lado também tem um atleta que treinou tanto quanto o filho de nossa pátria.
Num país onde os esportes "amadores" ficam à margem das conquistas avassaladoras do futebol e do vôlei, a superação dos atletas brasileiros nos esportes individuais enche os olhos de orgulho. Mesmo cientes do baixo reconhecimento e dos investimentos limitados, insistem em levar o verde e o amarelo às infinitas tevês espalhadas pelo mundo.
As vitórias de Felipe Kitadai (bronze) e Sarah Menezes (ouro) no judô colocam o Brasil momentaneamente na liderança do ranking de medalhas. Enquanto o brasileiro precisou do golden score para garantir o bronze, Sarah Menezes esbanjou superioridade e conquistou um inédito ouro no judô feminino.
Não importa se virão outras tantas ou poucas medalhas. Importa ter o mérito reconhecido mesmo diante de tantos percalços. E que, ao ver o quadro de medalhas, lá está a flâmula verde e amarela a tremular mais alto, ainda que por um curto momento.
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