Foi dada a largada à Copa Sul-Americana, a ovelha negra do calendário brasileiro. O discurso otimista de dirigentes no início da temporada fica em segundo plano com a chegada do Brasileirão. Disputado como ele só, após 13 rodadas já temos um panorama razoável de quem vai brigar pelo que. No entanto, mover forças para o torneio sul-americano pode significar aumentar o temor do rebaixamento ou minar as chances de título.
Nem a extinta Copa Mercosul, que fazia as vezes de Sul-Americana, ficava tão para escanteio. Isso mostra o quanto o prestígio internacional foi jogado para escanteio sem dó, tudo para valorizar nosso equilibrado campeonato nacional.
Entretanto, vejo falta de maturidade dos clubes ao recusar a adoção da Sul-Americana como objetivo em suas respectivas temporadas. Entre se matar para chegar entre os 4 primeiros no Brasileirão, prefiro ficar em 15º e ser campeão da Sul-Americana. Terei um título internacional, vaga na Libertadores e deixarei minha torcida satisfeita.
Em tese, trata-se de um torneio menos tenso que a Libertadores e mais tranquilo que a Copa do Brasil. Logo, não consigo entender por que os clubes desistem de ganhar umas milhas de viagem internacional para dar murro em ponta de faca no Brasileirão, infinitamente mais imprevisível e complicado.
Apesar dos notórios perigos existentes em torno do Brasileirão, convenhamos, não demanda muito esforço estacionar na zona intermediária na tabela. Portanto, insisto, por que privilegiar o Brasileirão?
Se é uma questão da emissora que transmite os jogos, grana, patrocínio, digam de uma vez por todas. Mas esse papinho de desmerecer a Sul-Americana é discurso derrotista de time incompetente para disputar de maneira digna ambas competições.
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