quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Tecnologia já!

Rodada após rodada os sucessivos erros de arbitragem roubam parte do brilho destinado ao espetáculo do futebol. Embora as falhas dos apitadores não sejam exclusividade nossa, é aqui que as barbaridades vistas em campo envergonham qualquer brasileiro que se orgulha de ter nascido "no país do futebol". Para acabar com as polêmicas e o excesso de interferência humana no resultado das partidas, defendo que o futebol deveria escancarar suas portas à tecnologia com intuito de dar nova dinâmica e credibilidade ao seu jogo.

Na tentativa de reduzir o impacto humano no resultado das partidas, a FIFA ainda vê com ressalvas a utilização da tecnologia nas quatro linhas. No entanto, a entidade máxima do futebol já pensa em introduzir a bola com chip na tentativa de acabar com o terrível debate do "entrou ou não?". Só que é muito pouco. Se o futebol perdeu toda a essência de paixão e se transformou em um grande negócio, já passou da hora de revolucionar o esporte!

Já que o amor à camisa ficou escondido em algum lugar do passado e o futebol passou a ser regido pelo business puro e simples, todas as medidas deveriam ser tomadas para preservar o jogo. Em outras palavras, chega de discutir se foi falta ou não, pênalti ou não, bola dentro ou fora, impedimento ou condição legal. A tecnologia deveria invadir o futebol e acabar com qualquer indício de mutreta no placar.

O melhor exemplo que consigo trazer para sustentar minha ideia é o futebol americano. Há um limite de desafios aos técnicos de cada time para rever jogadas em que contestam uma falta, todas as jogadas de ponto são revistas para verificar se houve alguma irregularidade, enfim, e nem por isso deixa de ser divertido e emocionante. Apesar de toda parafernalha, ainda sobra espaço para uma polêmica aqui e outra ali.

Ou seja, é plenamente possível incorporar certas medidas dentro do futebol. Qual o problema em rever um impedimento após a conclusão do lance, caso o árbitro não tenha marcado? Desafiar um pênalti marcado contra, sendo que o zagueiro claramente corta somente a bola e o atacante simula o choque? Se vai acabar com a malandragem "boa" do futebol, por outro lado, vai derrotar a "ruim" que ultimamente predomina nos campos.

Posso ser voto vencido ou corrente minoritária nessa empreitada, porém, sinto-me envergonhado ao ver quantos e quantos lances, jogadas ou faltas extremamente mal marcadas seja por falta de preparo dos juízes, seja por incompetência ou má-fé mesmo. Todos erram, inclusive atletas e árbitros. Mas os únicos que não podem pagar o preço da falha são o placar e os torcedores.





Um comentário:

  1. Gabriel,

    esse é um assunto muito comlicado e 10 entre 10 pessoas tem opiniões diferentes.

    Existe um ditado gaucho que pode definir bem essa discussão: "Evolução sim, modismo nunca!!"....

    Mas concordo que alguma coisa precisa ser feita, e a primeira delas é profissionalizar nossa arbitragem. Na verdade o sujeito é advogado, professor, delegado, e nas horas vagas faz um biquinho extra para aumentar os craminguas no fim do mês.... É triste, mas é a realidade.

    BLOG DO CLEBER SOARES
    www.clebersoares.blogspot.com

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