São Paulo e Santos empataram por 0 a 0. Um resultado justo posto que os times exageraram na incompetência ofensiva. Porém, deixa uma pontinha de esperança a um esfacelado São Paulo que ainda necessita de ajustes.
Sem vencer um clássico desde o final de 2012 (aquele 3 a 1 contra o Corinthians, com dois de Maicon e boa atuação de Ganso), o São Paulo entrou em campo de olho bem aberto para não tomar aquela surra que o Santos aplicou no mesmo Corinthians umas semanas atrás. Ganso no banco, Douglas e Paulo Miranda na titularidade, Pabón, Osvaldo e Luis Fabiano para se virarem.
E o Peixe, arrumadinho, veio tinindo para impor mais um revés ao rival. Cícero, Thiago Ribeiro, Geuvânio e Damião apenas na espreita por uma oportunidade de festejar no Morumbi mais uma vez.
Parecia que o Santos seria o dono do jogo. A pressão foi feroz. Aos 8 minutos, Ceni sai jogando errado e salva o tiro de Cícero. No rebote, Rodrigo Caio trava Damião. Haja coração. O Santos tinha volume, sufocava o Tricolor e o desespero já tomava conta das arquibancadas.
No entanto, nos minutos que se seguiram, o São Paulo inexplicavelmente cresceu. Mudou de postura e teve atitude de quem é o mandante da partida. Por seu turno, o Santos passou a ver o São Paulo jogar e esboçar escapadelas eventuais.
Após equilibrar o meio-campo, veio o lance capital do jogo. Aos 17, Luis Fabiano é acionado, invade a área, é derrubado, pênalti, mas pera. Assinalado impedimento. O inferno chega ao Morumbi pelo apito da arbitragem. A condição de Luis Fabiano era legal. Pouco depois, Osvaldo é acionado, evita a saída da bola mas o auxiliar dá o lateral para o Santos. Realmente a arbitragem pecou demais no primeiro tempo.
A partida pegou fogo. Antonio Carlos e Paulo Miranda levaram perigo em arremates de fazer inveja a todos os atacantes do Tricolor juntos. Damião poderia dar o troco com juros, mas foi travado quando certamente colocaria a bola na casinha.
Quem contava com a superação dos Meninos da Vila, enganou-se. O São Paulo voltou mordendo tal como no primeiro tempo. Aranha mostrou elasticidade em arremates perigosos de Maicon e Pabón. Claro que quem não faz, corre o risco de tomar. Damião cabeceou envenenadamente e Rogério fez grande intervenção.
O jogo terminou a mil. Em cobrança de falta, Rogério isolou. Gabriel levou perigo em chute que bateu na rede pelo lado de fora. E, finalmente, a redenção da arbitragem. Rildo recebeu, invadiu a área e foi derrubado. Pênalti claro. Entretanto, o atacante estava impedido e o juiz corretamente anulou a jogada. No mais, os últimos minutos foram reservados para inúmeros erros de passe em cada trama ofensiva.
À parte as reclamações de ambos os lados, teve-se a impressão de que o São Paulo foi ligeiramente superior. E também mostrou que o Santos sabe se defender e ser perigoso nos contra-ataques. Não foi um puta resultado para nenhum deles, principalmente para o Tricolor, que ainda espera por Pato para melhorar o ataque e pela ressurreição de Ganso, em coma futebolístico desde 2012. Ou 2011, que seja.
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