terça-feira, 10 de abril de 2012

Depois o Botafogo reclama...

"Tem coisas que só acontecem com o Botafogo". Quem nunca ouviu essa frase? Essa e outras tantas atribuídas ao Botafogo - e tão emblemáticas quanto a ora tomada de exemplo - fazem o leitor esboçar aquele sorriso leve, balançar suavemente a cabeça de maneira afirmativa como quem diz "é verdade...". Mas, espera.  O Botafogo reclama, esperneia, ("chora", de acordo com os rivais) mas, pô, pede para protagonizar uma situação "peculiar".

Não quero revirar resultados, derrotas ou coisas do tipo. Quero ir um pouco mais além. O assunto é batido porém creio ser o momento de dar um basta: Jobson. Ou o Botafogo gosta de sofrer e fazer papel de ridículo, ou não tem mais amor-próprio.

O referido atleta já foi tema de post aqui no blog (relembre aqui) e, novamente, ele aparece na mídia envolto a uma história "mal explicada". Desta vez, veicula-se que Jobson foi afastado após uma discussão com o fisiologista, na qual questionava o procedimento que, pelo que li, seria realizado por todo o grupo.

Vou repetir: veicula-se que Jobson foi afastado após uma discussão com o fisiologista, na qual questionava o procedimento que, pelo que li, seria realizado por todo o grupo. 

Bom, se o problema não foi atraso, não foram drogas, não foi tumulto e o atacante vai pagar o pato por uma "discussãozinha cotidiana". Ao meu ver, essa história está mal contada. Não quero aqui passar a mão na cabeça de Jobson e cultuar a insubordinação no ambiente de trabalho.

Entretanto, qualquer um sabe que jogador de futebol é profissionalmente diferenciado. Ou eles realmente merecem a mordomia toda que recebem?! Chama os envolvidos, dá o esporro e volta para o campo, ponto. 

Por outro lado, se esse episódio está mascarando alguma outra conduta ou evento que "passou despercebido", passou da hora do Botafogo agir. Desde a primeira passagem Jobson tem sido um jogador extremamente problemático, daí pergunto: insistir para quê?! 

A postura esquizofrênica dos clubes em insistirem em atletas descompromissados é insana, e o privilégio não é só do Botafogo. Adriano, Carlos Alberto, Jobson, peloamordedeus, vão atrás de alguém na várzea, na base, em escolinhas de futebol Brasil afora e tragam 500 jogadores no lugar deles. Um de qualidade eu garanto que encontram! Apostem em gente que VALHA A PENA ou que, pelo menos, VALORIZEM a oportunidade que tem.

Quantos brasileiros não sonham em calçar umas chuteiras, vestir a camisa de qualquer clube e batalhar o pão no campo? Eu me sinto ofendido no lugar desses caras. Ver que gente, ora talentosa, simplesmente abre mão do privilégio que a vida lhes trouxe.

Não gostaria de retomar esse assunto novamente. No entanto, também não posso simplesmente ignorá-lo, pois me revolta ver clubes sendo coniventes com maus profissionais. Uma vez que o esporte reflete diretamente na sociedade, que exemplo times de futebol dão ao permitir tamanha anarquia? Esqueceram que o futebol é um elemento social brasileiro. Lá residem o lazer, a paixão e o sonho de muitos cidadãos. 

Pensem nisso, ok?


(Botafoguense - e a quem interessar- confira também a Análise de Elenco do Fogão e qual nosso palpite para o futuro da Estrela Solitária para o Brasileirão-12 clicando aqui)

(Sobre as frases que mencionei no início do post, aqui há outros exemplos)

2 comentários:

  1. Prefiro um vagabundo sem compromisso à doses de Lucius Flavius, Leandrus Guerreirus e Faheulls

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  2. Gabriel,
    a frase é verdadeira, tem coisas que só acontecem com o Botafogo.... mas esse fato em si acontece é com a maioria dos clubes. Coisa ainda fruto da falta de profissionalismo do clube e do próprio jogador em si.

    Peço desculpas por andar sumido, mas é que minha vida mudou da água pro vinho com o nascimento da Lavinia, acredite, ser pai é uma experiência maravilhosa, mas da um trabalho, kkkkk....

    BLOG DO CLEBER SOARES
    www.clebersoares.blogspot.com

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