sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

A Natural Libertadores

Libertadores. Não tem campeonato no universo que tenha um nome mais imponente. Deixem a Champions League, os astros e suas pompas organizacionais de fora. Falo de Libertadores. O campeonato dos campos acanhados, da pressão, da catimba, do suor, do sangue, das lágrimas. La Copa não é jogada. É conquistada. E logo nos primeiros jogos de sua primeira fase já deixou botafoguenses e atleticanos com o coração na boca.

As derrotas brasileiras seguiram o script da Conmebol, partidas pegadas e placares com diferença mínima de gols. O Botafogo perdeu para o Deportivo Quito por 1 a 0 e o Atlético Paranaense foi derrotado pelo Sporting Cristal por 2 a 1. Semana que vem, no Brasil, ambos saberão quem continuará suas batalhas América Latina adentro.

Um pouco de mais do mesmo: o placar está aberto e tanto Atlético, abençoado pelo gol marcado fora de casa, como Botafogo tem totais condições de evitarem o efeito Tolima. 

Porém, não será tarefa fácil. Culpa da própria Libertadores e seu processo de brasileirização que iniciou nos anos 90. Agora, há mais ou menos 10 anos, a Conmebol adotou uma política democrata permitindo triunfos de equipes que jamais tinham tido o privilégio de desbravar o continente, casos de Once Caldas, Internacional, LDU, Corinthians, Atlético Mineiro.

Acredito que após 4 conquistas consecutivas dificilmente o libertador deste ano será brasileiro. Ainda que nossas equipes, no papel (sempre bom lembrar), sejam mais interessantes que as dos nossos vizinhos. É possível que o Big Brother perceba nossa audácia e resolva agir contra nosso futebol.

Conspirações à parte, espera-se que a foice da arbitragem chicana só cante a partir das oitavas-de-final em diante. Até lá, Darwin será o responsável por consagrar quem segue na guerra. 

Por fim, palpites. Um brasileiro deve cair. Quero acreditar na superação do bom time do Botafogo, mas algo me diz que vai acontecer uma daquelas coisas que só acontecem com o Botafogo. Já o Furacão, a menos que algo dê errado na sua controversa maneira de iniciar uma temporada, deve avançar. 

Mas deixemos que Darwin trabalhe em paz.  

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