Uma pandemia originária em Madrid foi a responsável por dizimar alemães, ingleses, italianos e também vitimou conterrâneos. Em Lisboa, local destinado a encerrar tal moléstia, conheceremos a última vítima. Ou, se preferirem, o campeão sobrevivente.
Esse mal avassalador ganhou destaque nesta semana pelos requintes de crueldade com o qual deu cabo de fortes alemães e aplicados ingleses.
O Real Madrid nem precisou considerar o suado empate obtido em casa para despachar a sensação Bayern de Munique. Na Alemanha, os merengues aplicaram sonoros 4 a 0 sobre os bávaros. Guardiola foi vencido pela velocidade e qualidade do contra-ataque madrilenho que precisou de meio tempo para acabar com o sonho alemão.
45 minutos jogados, dois gols de Sergio Ramos, ambos de cabeça, e outro de Cristiano Ronaldo eram mais que suficientes para o Real vingar-se do comandante rival, tantas vezes carrasco nos tempos de Barcelona. Porém, CR7 impiedosamente marcou seu segundo gol no jogo dando ares de humilhação à vitória conquistada no território rival.
Mas a fúria madrilenha não parou por aí.
Mourinho atingia a semi-final pela 4ª vez consecutiva. Dessa vez, na casamata do Chelsea, levava os blues com estratégia semelhante àquela que consagrou a equipe londrina em 2012. Muita marcação e saída contida para o ataque, refém de contra-ataques.
No entanto, do outro lado havia o Atlético de Madrid, que faz uma temporada impressionante. Simeone não abriu mão da forte marcação. Tampouco de tratar a bola com decência quando tinha posse dela.
Embora fosse um jogo pegado, chances começaram a brotar. Numa delas, o fator casa pareceu sorrir para o Chelsea. Bola cruzada na área encontrou Fernando Torres. El Niño bate, agradece o desvio na zaga e abre a contagem para os ingleses.
Só que a alegria sequer durou até o intervalo. Jogando com inteligência e tranquilidade, o Atlético empatou com Adrián. Na volta do intervalo, o massacre. Eto'o mal entrava em campo e já cometia pênalti em Diego Costa. Ele mesmo bateu e ampliou a vantagem espanhola.
Precisando da virada, o Chelsea lançou-se ao ataque. David Luiz carimbou a trave. Stamford Bridge à espera de um milagre. Mas não veio. Pouco depois, Arda Turan cabeceou, tabelou com a trave e empurrou livre para as redes. 3 a 1 ficou barato para Mourinho, morto pela 4ª vez na semi da Champions League.
O reencontro entre Real e Mourinho foi adiado. Ficou pra uma próxima oportunidade. A Champions ganha sua primeira final entre clubes da mesma cidade. Uma decisão apimentada pela rivalidade.
A busca do Real Madrid por La Décima nunca esteve tão perto. Carlo Ancelotti equilibrou a equipe. Pepe, Di María, Bale e Cristiano Ronaldo atravessam excelente fase. Ataque e contra-ataque praticamente infalíveis. Ora, como não apostar tudo nos merengues?
Do outro lado, Simeone armou um esquema de jogo no qual a equipe se defende com eficiência sem abdicar de trabalhar a bola com qualidade até o ataque. O grande destaque talvez seja o ótimo goleiro Courtois. E fico apenas nele pois seria impossível apontar apenas 3-4 grandes jogadores desse time que funciona incrivelmente bem como um todo.
A excelente temporada de Cristiano Ronaldo, Bale e cia frente-a-frente com um velho inimigo detentor de um conjunto capaz de surpreender.
Minha torcida é pelo Atlético. Todavia, acredito que dê Real Madrid.
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