Este domingo marcou o fim do futebol na Mooca em 2012. O Juventus deu adeus à Copa Paulista ainda na primeira fase e agora aguarda ansiosamente por um 2013 de melhor sorte, quando disputará a Série A-2 do Campeonato Paulista.
O sentimento é de luto. Uma tristeza absoluta que deságua em uma ponta de revolta. A rigor, o Juventus precisava de somente 3 pontos nas últimas quatro rodadas. Ou seja, uma vitória simples em casa garantia a equipe na segunda fase do torneio.
No entanto, recebeu o Palmeiras B e perdeu: 2 a 1. Na rodada seguinte foi visitar o São Bernardo, e perdeu de novo: 2 a 1. Então veio a penúltima rodada e um confronto direto contra o Audax, na Javari. Nova derrota: 3 a 0.
A classificação que parecia certa virou um drama, pois obrigava o Juventus (5º colocado, 20 pontos) a vencer para garantir sua classificação sem depender de uma combinação simples de resultados. A derradeira partida seria contra o líder Atlético Sorocaba fora de casa. Já classificado, o Atlético pouparia boa parte dos titulares. Além disso, Audax (3º, 21 pontos) e Grêmio Osasco (4º, 20 pontos) iriam se enfrentar. Ou seja, até um empate poderia colocar o Juventus na segunda fase caso o Audax vencesse o Osasco.
Porém, o Juventus sequer conseguiu cumprir seu papel. Após um começo empolgante na competição, a equipe simplesmente se perdeu. Os primeiros tempos dos jogos mostravam um time desorganizado, afobado e, principalmente, desatento defensivamente. Aquelas três derrotas consecutivas muito se devem às apresentações pífias nos primeiros 45 minutos de jogo.
Não obstante a limitação evidente da equipe, o treinador Luiz Carlos Ferreira muitas vezes sabotou o time ao sacar o único meia efetivamente criativo disponível no elenco grená (Elvis) e, em suas variações táticas sacrificava Romarinho, meia rápido e habilidoso que era o trunfo ofensivo do time. Por muitas vezes foi possível acompanhar o franzino meia-atacante improvisado na lateral-direita, por exemplo.
A goleada sofrida em Sorocaba por 4 a 1 para o mistão do Atlético é de dar pena. Quando se pensava que o Juventus novamente reencontraria o caminho dos acessos por meio de títulos ou campanhas gloriosas, ocorre esse inexplicável apagão.
Meu depoimento vai além do fato de ser morador da Mooca. Hoje, torço para o Juventus não mais como "aquele time simpático do meu bairro". Adentrar a Javari e ver um grupo de torcedores focados em apoiar o time como se organizados fossem e reparar que as arquibancadas familiares andam bem mais cheias que há 9 anos mostra a importância e a tradição do Juventus no futebol.
Na Javari é onde me encontro com o futebol puro e simples. O esporte na sua essência. Ali, durante 90 minutos, sinto-me um pouco responsável em tentar manter viva a história e a chama grená que alegra a Mooca e o futebol, óbvio.
Quando não é possível vencer, reconhecemos prontamente uma exibição aguerrida, digna. Tal reconhecimento é comum de se notar enquanto os jogadores, cabisbaixos, são timidamente aplaudidos e acenam durante a descida para os vestiários.
Mas, hoje, isso de nada importa. O Juventus perdeu e o ano acabou.
Gabriel,
ResponderExcluirrealmente é triste ver um time com a história do Juventos passando por esse perrengue... mais triste ainda foi ler o seu texto sobre esse apagão.
Mas futebol hoje vai muito além das 4 linhas, e sem uma boa administração o time já começa perdendo ali mesmo.
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Juventos deve ser algum time de varzea da barra funda...
ResponderExcluirsalu, gabrito! até a A-2 Juventus!